sábado, 10 de janeiro de 2015

UMA CURA NO SÁBADO NA CASA DE UM FARISEU

                               UMA CURA NO SÁBADO NA CASA DE UM FARISEU
                                                           LUCAS 14:1-6

V.1 - Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais
         fariseus para comer pão, eis que o estavam observando.
V.2 - Ora, diante dele se achava um homem hidrópico.
V.3 - Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou-
         lhes: É ou não é lícito curar no sábado?
V.4 - Eles, porém, nada disseram. E, tomando-o, o curou e o despediu.
V.5 - A seguir, lhes perguntou: Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço,
         não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?
V.6 - A isto nada puderam responder.

Apesar do rigor com que era observado o sábado pelos judeus, no tocante à realização de trabalhos, incluindo as curas, este dia, pela tradição, se revestia de caráter festivo, em memória da libertação de Israel da escravidão no Egito (Deuteronômio 5:14-15). Naqueles dias do ministério de Jesus, era costume realizarem-se refeições comuns com pessoas convidadas após o serviço religioso do sábado nas sinagogas, como neste caso em que o Mestre fora convidado para ir à casa de um fariseu importante, talvez um dos principais da sinagoga. É interessante observar que os alimentos eram criteriosamente preparados na sexta feira e alguns deles, armazenados cuidadosamente para não esfriar até o dia seguinte.
Diante de Jesus, sentado à Sua frente, achava-se um homem portador do mal de hidropsia, isto é excesso de água no organismo. Ele poderia estar ali a convite do anfitrião, ou porque ele aproveitou a oportunidade de conhecer o Mestre, entrando livremente na casa, o que era permitido a qualquer pessoa, conforme o costume daquela época.
Jesus estava sendo observado pelos presentes, quando Ele se dirigiu aos interpretes da Lei e aos fariseus e segundo o texto grego, Jesus respondeu e disse: “É ou não é lícito curar no sábado?” Este modo de falar do Mestre esclarece duas questões. A primeira é que eles tinham em mente uma pergunta: “Ele vai curar, ou não?” A resposta é “sim”. A segunda questão é que o homem foi lá para ser curado. Então Jesus o tomou possivelmente pelo braço, curou-o e o despediu. Esta é a resposta dada, não por palavras, mas por ação.
A maioria das traduções, como aqui, já dá a interpretação do modo de falar de Jesus, com a versão: “Então Jesus... perguntou-lhes...”.
A pergunta de Jesus, se era lícito ou não curar no sábado gerou silêncio da parte dos escribas e fariseus. Se respondessem positivamente, eles estariam contrariando a tradição dos judeus. Se respondessem negativamente, estariam negando o amor e a misericórdia de Deus. A resposta foi dada por Jesus, curando aquele homem e despedindo-o, porque ele entrara naquela casa para buscar a cura e, não, para banquetear-se.
Os argumentos apresentados por Jesus para mostrar a incoerência do que Seus adversários afirmavam baseados nas leis tradicionais, e do que eles mesmos faziam na vida prática, são tão lógicos, que eles não puderam responder (Vs.5-6).