sábado, 10 de janeiro de 2015

A AMEAÇA DE HERODES

                                               A AMEAÇA DE HERODES
                                                       LUCAS 13:31-33

V.31 - Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer-lhe: Retira-te e
           vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te.
V.32 - Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã,
           expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei.
V.33 - Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã e depois, porque não se espera
           que um profeta morra fora de Jerusalém.

Este caso aconteceu quando Jesus falava da urgência de entrar pela porta estreita. Alguns fariseus vieram preveni-lO de que Herodes queria matá-lO. É um fato estranho, difícil de julgar, se eles agiam em consideração a Jesus ou a Herodes. Este tetrarca tinha problema de consciência por ter mandado matar João Batista. Agora Jesus se tornara mais famoso do que João (cf 9:7-9). Para ele, Jesus representava uma ameaça. Mas eliminar um outro “profeta” como este, tão conceituado, poderia provocar a ira do povo. Por isso era melhor que ele saísse do seu território, amedrontado pela ameaça de morte. Para os fariseus era conveniente que Ele fosse para a Judéia, onde esses seus adversários mantinham o poder político e religioso. Embora fariseus e herodianos não pactuassem em seus conceitos políticos e religiosos, na perseguição a Jesus eles se uniam (cf Marcos 3:6). Não é possível afirmar que tenha havido um acordo entre Herodes Antipas e os fariseus, para ameaçar Jesus. Mas, consciente ou inconscientemente os fariseus agiram como instrumentos na tentativa de afujentá-lO.
Jesus não se deixou intimidar. A reposta que Ele dirigiu ao rei mostra coragem e resolução. Chamando Herodes de raposa, Ele queria dizer que o rei era como um pequenino animal que não tinha poder nenhum para interromper o plano que Deus traçou para Seu ministério, e Ele iria completar a obra que veio fazer, até que chegasse a hora da Sua morte. Ele continuava curando enfermos e expelindo demônios, enquanto caminhava para Jerusalém.
A expressão “hoje e amanhã” corresponde aos dias que Ele tinha pela frente, até chegar ao terceiro dia, quando Ele completaria o Seu ministério em Jerusalém, o lugar determinado para a Sua morte.