POR QUÊ JESUS FALOU POR PARÁBOLAS
MATEUS 13:34-35 (Marcos4:33-34)
V.34 – Todas essas cousas disse Jesus às multidões por parábolas, e sem
parábolas nada lhes dizia;
V.35 – para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta:
Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei cousas ocultas desde a
criação {do mundo}.
A afirmação de Mateus no verso 34 não deve ser tomada sem a necessária compreensão, porque muitas vezes Jesus falou de outras maneiras. Todavia Ele nunca pronunciou os Seus ensinos como se fossem enigmas, sem a possibilidade deles serem entendidos. Marcos deixa isto muito claro na passagem paralela, em 4:33, quando informa que Ele expunha a palavra conforme a capacidade dos ouvintes. A própria citação que Mateus faz do Salmo profético de Davi (78:2) informa no contexto dos versos 1 a 5 deste Salmo, que nada ficaria encoberto, mas que tudo o que os antigos ouviram e a nova geração aprendeu seria repassado às futuras gerações.
Mas as parábolas têm uma propriedade muito interessante. É que elas chamam a atenção daqueles que se interessam pelo assunto, enquanto que para os desinteressados elas não despertam a curiosidade (Mateus 13:13). Na parábola dos lavradores maus que Jesus proferiu ao povo, todos entenderam muito bem e responderam adequadamente a pergunta de Jesus (Lucas 20:13-16 ênfase no V.16b).
Jesus tinha a técnica perfeita de ensinar. Por isso Ele usava a palavra apropriada para cada ocasião. Com Nicodemos Ele falou de um modo. Com a mulher samaritana Ele falou de outro. Aos discípulos Ele ensinava em particular (Marcos 34:34). Na profecia de Isaías 50:4 está explicada a Sua habilidade: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me deserta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”.
Erudito, neste contexto, é aquele que sabe usar a palavra adequada e oportunamente.