sábado, 10 de janeiro de 2015

A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA

                                   A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA
                                                      LUCAS 15:3-7

V.3 - Então, lhes propôs Jesus esta parábola:
V.4 - Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma
         delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se
         perdeu, até encontrá-la?
V.5 - Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
V.6 - E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos
         comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
V.7 - Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se
         arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de
         arrependimento.

Esta parábola foi dirigida aos fariseus e aos escribas referidos nos Vs.1 e 2.
“Qual de vós” é expressão que os chama à reflexão sobre a história a ser contada na parábola. A figura da ovelha é particularmente apelativa ao sentimento dos ouvintes, porque os judeus tinham um carinho especial por esses animais e, quase todas as famílias tinham em casa um animalzinho desses, como objeto de estimação. Pensar na ovelhinha perdida, sozinha e sem ajuda, causava tristeza até aos mais insensíveis dos fariseus e escribas! E, quanto as noventa e nove que ficaram no deserto? Estas não foram abandonadas e não causavam preocupação, porque “deserto” significava lugar seguro. Além disso, elas ficavam aos cuidados de outros pastores, enquanto o pastor da parábola saiu em busca da perdida. Era costume entre os pastores em Israel, pastorear em conjunto. Caso o pastor que saiu se demorasse muito, suas ovelhas eram levadas seguramente para o aprisco juntamente com as outras. Enquanto isso, o pastor da desgarrada prosseguia perseverantemente até encontrá-la e, encontrando-a, punha-a sobre os ombros e, com alegria voltava para casa e, com familiares, reunia os amigos e vizinhos da aldeia para comunicar-lhes o achado, e todos se alegravam juntamente, reconhecendo o pastor como herói.
A parábola termina com a declaração de Jesus, que há maior júbilo no céu, isto é da parte da família de Deus e d’Ele mesmo, por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos, que não necessitam de arrependimento. Isto não significa que Deus não se alegre pelos noventa e nove justos. É porque eles não causam preocupação, pois já são arrependidos.
Na parábola, as noventa e nove ovelhas representam os fariseus e os escribas que se consideravam justos e não necessitavam de arrependimento, enquanto a ovelha perdida representa o pecador que se arrepende e retorna à comunhão com Deus.
Não cabe na parábola, julgar os fariseus e escribas, se eles eram justos ou não. Eles são postos como justos, porque se consideravam assim. Por isso eles estão em contraste com os publicanos e pecadores que eles julgavam indignos da misericórdia e do perdão de Deus.
Duas lições espirituais devem tiradas desta parábola:
1)  A volta à comunhão com Deus do membro que se desvia da família cristã, fica na dependência da fé e do arrependimento. Isso é ilustrado pela figura da ovelha perdida deixar-se apanhar quando o pastor a encontra. Caso contrário ela teria que evadir-se para não se deixar apanhar. Isto acontece muitas vezes na igreja.
2)  A figura do pastor apanhando a ovelha perdida, colocando-a sobre os ombros, e reconduzindo-a ao rebanho significa o perdão e a reconciliação que Deus oferece por meio de Cristo (cf Isaías 53:6;
I Pedro 2:24-25)