A MURMURAÇÃO DOS ESCRIBAS E FARISEUS
LUCAS 15:1-2
V.1 - Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
V.2 - E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e
come com eles.
Depois de proferir as parábolas do construtor da torre e do rei que vai à guerra contra outro rei, parábolas que esclarecem o ensino sobre o custo do discipulado cristão, Jesus encerra o assunto com a metáfora do sal (Vs.33-35), para mostrar que, quando o discípulo perde as qualificações necessárias para exercer o discipulado, ele perde também a capacidade de exercer a influência que um cidadão do reino de Deus deve exercer no mundo (Mateus 5:13-16).
As suas últimas palavras, colocadas por Lucas nesta ocasião, foram: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Esta exortação surtiu efeito porque, na linguagem enfática de Lucas, “todos os publicanos e pecadores” passaram a aproximar-se de Jesus para ouvi-lO. Então, os fariseus e os escribas começaram a murmurar dizendo que Ele os recebia e comia com eles. Mas, nesta comunhão com o povo desprezado e rejeitado pelos líderes religiosos de Israel, Jesus mostra visivelmente um fato concreto que é a inclusão desse povo no reino de Deus, o que indica o alcance do perdão e da graça de Deus sobre eles. Jesus representa uma ameaça para aqueles líderes religiosos, porque, pensavam eles, sendo um homem reconhecidamente sem pecado, ele devia associar-se com os “bons”. Mas Ele não se deixava barrar por limites estabelecidos pelas convenções sociais e religiosas dos judeus.
A comunhão franca de Jesus com publicanos e pecadores despertou a indignação dos escribas e fariseus, que tinham grande preconceito contra aquela classe de gente considerada imunda e, portanto, contaminadora.
As três parábolas do capítulo 15 têm como motivo a atitude dos fariseus e escribas, mostrada no V.2. Na parábola do filho pródigo, os dois filhos representam: um, os líderes religiosos, o outro, os publicanos e pecadores.