sábado, 10 de janeiro de 2015

A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA

                                                A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA
                                                         LUCAS 15:8-10

V.8 - Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a
         candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
V.9 - E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos
         comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
V.10 - Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por
           um pecador que se arrepende.

O capítulo 15 do Evangelho de Lucas é um dos trechos mais procurados pelos leitores da Bíblia. As três parábolas deste capítulo são, às vezes chamadas “uma única parábola em três movimentos”, sendo comparadas a uma peça instrumental em três movimentos. As duas primeiras são também chamadas “parábolas gêmeas”, porque ambas têm o mesmo apelo, e ambas tratam de cousas perdidas que foram recuperadas por alguém que as procurava.
A dracma era uma moeda grega de prata, cujo valor correspondia ao que se pagava a um trabalhador, por um dia de trabalho árduo (cerca de cem Reais, no Brasil, no ano de 2013). Uma dracma era parte considerável da economia daquela mulher, visto que as suas reservas eram de apenas dez dracmas para toda a família, numa sociedade em que não havia estabilidade de emprego. Era uma família modesta. Daí, a sua preocupação e as suas diligencias para encontrar a moeda perdida. Numa casa mal iluminada, na maioria, sem janelas, como eram as casas daquele tempo, mesmo de dia era necessário acender uma candeia para poder enxergar uma moeda. Num chão de terra batida com pequenos altos e baixos, era indispensável o uso de uma vassoura para varrer e por a moeda às claras.
Enfim, quando encontra a moeda, ela chama as amigas e as vizinhas para participarem com ela da sua alegria. Elas também são pobres e sabem como é desastroso perder uma parte do pouco que têm. Mas elas sabem também, qual é o alívio e a sensação de alegria que se tem, quando se encontra aquilo que fora perdido. Assim acontece no céu. Há júbilo diante de toda a corte celestial por um pecador que se arrepende (cp V.7). Este júbilo diante dos anjos procede de Deus mesmo. A diligência da mulher para encontrar a moeda representa o desejo de Deus alcançar e salvar o pecador perdido (cf II Pedro 3:9).
Com esta parábola, Jesus está exortando os fariseus e escribas que a Sua busca pelos pecadores é cumprimento do Propósito de Deus. Mas também é um convite para que eles se arrependam.

OBS: 1) Muitos intérpretes veem na mulher, acendendo a candeia e varrendo a casa, uma figura do Espírito Santo, trabalhando persistentemente no Propósito de Deus de recuperar os perdidos. Entre tais intérpretes estão os pais da igreja apostólica e Campbell Morgan.

OBS: 2) A palavra “drakma” aparece somente nesta passagem de Lucas e em Mateus 17:24 aparece duas vezes a expressão “didrakma”.