JESUS INCITA A ORAR
LUCAS 11:9-13(Mateus7:7-11)
V. 9 – Por isso vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á.
V.10 - Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate,
abrir-se-lhe-á.
A passagem de Mateus encontra-se no Sermão da Montanha, num contexto diferente do de Lucas. Segundo este evangelista, Jesus criou a parábola do “amigo importuno” para ensinar que os Seus discípulos devem ser destemidos, e não ter vergonha de levar os Seus pedidos a Deus, sabendo que Ele têm boa vontade para atendê-los. Mas é necessário pedir, buscar e bater à porta do Pai celeste. Em outras palavras é necessário ser perseverante. Os três verbos do V.9 que incentivam recorrer a Deus encontram-se no imperativo presente do Grego, o que indica uma atitude persistente, como a do amigo importuno da parábola anterior. O V.10 reafirma que a resposta virá, com certeza. No entanto, não devemos esperar que será como queremos. Deus sabe o que é melhor para nós, mesmo que seja um “NÂO”, que é tão afirmativa como um “SIM”. Mas nossas orações nunca deixarão de ser ouvidas ou atendidas.
V.11 – Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra?
ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?
V.12 – Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?
V.13 – Ora, se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
As afirmações anteriores são confirmadas por meio de três exemplos da vida comum. Se na família terrena é assim, quanto mais o será na família celestial? Os contrastes entre as cousas referidas no V.11 parecem ser exemplos comuns usados naquele época como, por exemplo, a semelhança de um escorpião encolhido, envolto em suas pernas e um ovo. Assim, mesmo reconhecendo que o homem tem uma natureza má (9:41), Ele admite que um pai sempre dará cousas boas a seus filhos.
O V.13 de Lucas é paralelo a Mateus 7:11. A diferença é que Mateus fala que “vosso Pai que está nos céus dará boas cousas aos que lho pedirem” , enquanto Lucas fala que “o Pai celeste dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”. As duas expressões têm o mesmo significado. Mas deve-se observar a ênfase que Lucas dá ao desempenho do Espírito Santo em toda a obra de Deus, a começar do primeiro capítulo do seu Evangelho, estendendo-se por todo o livro de Atos. Ele vê o Espírito Santo como a dádiva suprema concedida por Deus, através de Jesus, para operar na igreja e na vida dos cristãos, de modo geral (3:16; Romanos 8).