terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

                                      A SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
                                   MATEUS 15:32-39         (Marcos 8:1-10)

V.32 – E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta
            gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que
            comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleçam
            pelo caminho.
V.33 – Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães
            para fartar tão grande multidão?
V.34 – Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete, e
            alguns peixinhos.
V.35 – Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão,
V.36 – tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu e deu aos
            discípulos, e estes, ao povo.
V.37 – Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete
            cestos cheios.
V.38 – Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e
             crianças.
V.38 – E, tendo despedido as multidões, entrou Jesus no barco e foi para o
             território de Magadã.

A maneira como foram feitos os milagres da primeira e da segunda multiplicação dos pães é muito semelhante mas, além de Jesus mostrar aos discípulos o Seu poder de atuar sobre a matéria criada, como pães e peixes, Ele também dá lições espirituais diferentes em cada um desses milagres. No primeiro caso Ele ensina que os discípulos precisam estar totalmente na dependência d’Ele, se eles tiverem que fazer a obra que Ele tem determinado para eles fazerem. No segundo caso, Ele está censurando a falta de compaixão que os discípulos demostraram pelas necessidades dos gentios. Quando Jesus falou da sua compaixão por eles, os discípulos reagiram negativamente, apesar de terem visto o que o Mestre fez na primeira multiplicação. Apesar da similaridade na realização dos dois milagres, a algumas diferenças a serem observadas.

 Primeira multiplicação:

1 – Local: arredores de Btsaida, a nordeste do lago de Genesaré (Lucas 9:10).
2 – Alimento multiplicado: cinco pães e dois peixes.
3 – Quantidade de pessoas: cinco mil homens, além de mulheres e crianças
     (Mateus 14:21), divididos em grupos de cinquenta e cem (Marcos 6:39-40).
4 – Época: primavera (assentados sobre a relva verde, Marcos 6:39).
5 – Sobra: doze cestos cheios de pedaços de pão e peixe (Marcos 6:43).
6 –Parada seguinte: Genesaré (Marcos 6:53).

Segunda multiplicação:

1 – Local: um monte a beira do Mar da Galiléia, na região sudeste
     (Marcos 7:31; Mateus 15:29).
2 – Alimento multiplicado: sete pães e alguns peixinhos (Mateus 15:34).
3 – Quantidade de pessoas: quatro mil homens, além de mulheres e crianças
     (Mateus 15:38).
4 – Época: verão ou outono (assentaram-se no chão, não havia relva verde,
     Marcos 8:6).
5 – Sobra: sete cestos pequenos (Marcos 8:8).
6 –Parada seguinte: Magadã (Mateus 15:39) ou Dalmanuta (Marcos 8:10).

Após o milagre, despedida a multidão, Mateus informa que Jesus entrou num barco e foi para o território de Magadã (15:39) e Marcos diz que Ele foi com os discípulos para as regiões de Dalmanuta(8:10). Trata-se do mesmo lugar que não é identificado, nem historicamente e nem arqueologicamente. Pode-se afirmar que ficava na costa ocidental do Mar da Galiléia, provavelmente nas proximidades de Tiberíades e de Magdala, região que continha vários povoados