quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO JOIO

                                   A INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO JOIO
                                                 MATEUS 13:36-43

V.36 – Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E chegando-se a
            ele os seus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do
            campo.
V.37 – E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;
V.38 – o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são
            os filhos do maligno;
V.39 – o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século,
            e os ceifeiros são anjos.
V.40 – Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na
            consumação do século.
 V.41 – Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino
            todos os escândalos e os que praticam a iniquidade,
V.42 – e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
V.43 – Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.
            Quem tem ouvidos {para ouvir}, ouça.

Depois desta explicação dada pelo Mestre, vamos fazer apenas uma breve observação a respeito desta parábola.
Ela não tem aplicação específica para a igreja, embora haja alguma implicação para com ela. Mas o seu cenário é o “mundo”, como Jesus esclarece em 13:38.
A Palavra de Deus que produz a boa semente tem sido semeada desde o início da criação, mas o inimigo astuto (sagaz) não perdeu oportunidade de semear o joio ao lado dela, já no paraíso (cp Gênesis 2:15-17 e 3:1-6). O resultado foi a queda de Adão e de toda a humanidade. A Palavra de Deus foi dada a Abraão em Gênesis 15:1-4, mas o joio foi lançado em Gênesis 16:1-3, 15. O resultado ainda se vê nos dias de hoje, nos conflitos e guerras no mundo Árabe, inclusive com países do Ocidente (Gênesis 16:11-12). Moisés semeou a Palavra de Deus a Israel, mas nem todos obedeceram, pois a semente do mal brotou entre eles. Compare Deuteronômio 17:16-17 com II Samuel 5:13; 16:21-22; I Reis 4:26; 11:1-8. Jeremias semeou a Palavra de Deus aos judeus que estavam habitando no Egito, mas eles já tinham a semente do joio no coração e adoraram a deusa chamada “rainha do céu” (Jeremias 44:15-19). O culto dessa deusa começou na Babilônia, onde ela era adorada com o seu filho Tamuz (Ezequiel 8:13-14). Este culto alastrou-se pelo Egito e por outros países do Oriente Próximo. Adorada sob diferentes nomes, era sempre representada carregando nos braços o seu filho, ainda infante, que também foi deificado. A adoração de Maria com o menino Jesus nos braços tomou o lugar desse culto na “igreja cristã” do século IV D.C. e assim continua até hoje na igreja romana.
Como se vê, o joio está disseminado por todo o mundo, desde muito tempo e, no meio dele está a boa semente que são os filhos do reino. Quando, pois, o Dono da Casa exorta os seus servos a não arrancarem o joio, Ele dá uma ordem para que eles não tentem eliminar do mundo os filhos do maligno. Isto Ele fará por meio dos Seus anjos, na consumação do século, isto é, no juízo final. A igreja romana, na Idade Média antecipou o julgamento por meio da inquisição, matando vários personagens sob acusação de heresia além de centenas de mulheres acusadas de bruxaria.