quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A FAMÍLIA DE JESUS

                                               A FAMÍLIA DE JESUS
         MARCOS 3:31-35       (Mateus 12:43-50; Lucas 8:19-21; 11:27-28)

V.31 – Nisto chegaram sua mãe e seus irmãos, e, tendo ficado do lado de fora,
            mandaram chamá-lo.
V.32 – Muita gente estava assentada ao redor dele, e lhe disseram: Olha, tua
            mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura.
V.33 – Então ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos?
V.34 – E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse:
            Eis minha mãe e meus irmão.
V.35 – Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã
            e mãe.

A informação contida no V.31, muito provavelmente esta ligada ao que diz o V.21 deste mesmo capítulo. Os escribas que haviam descido de Jerusalém propalaram o boato que Jesus operava pelo poder de Belzebu e esta seria a razão do Seu sucesso. Possivelmente, para evitar que Ele ficasse exposto ao público e, supondo que Ele estivesse com problemas mentais, os seus parentes saíram para prendê-lo. Mas, não podendo aproximar-se dele mandaram chama-lO. Os seus familiares ainda não O compreendiam e os Seus irmãos ainda não criam n’Ele. Eles só vieram a crer, após a ressurreição (cf João 7:1-5; I Coríntios 15:7; Atos 1:14). Houve duas outras ocasiões em que Jesus foi mal compreendido, porque não conheciam a Sua verdadeira missão. A primeira foi quando os seus pais o encontraram no Templo ao lado dos doutores da Lei (Lucas 2:46-50). A outra vez, foi quando sua mãe lhe pediu que fizesse alguma cousa maravilhosa no casamento em Caná. Então Ele lhe respondeu: “Mulher, que tenho eu contigo”? Ainda não é chegada a minha hora” (João 2:3-4).
Os versos 32 e 34 mostram que havia muita gente assentada ao redor d’Ele, numa postura de discípulos, ouvindo a Sua palavra. Isto contrasta com a atitude daqueles que O rejeitavam e O hostilizavam, atribuindo os Seus feitos ao poder do maioral dos demônios. Foram os discípulos assentados ao Seu redor que, preocupados com laços familiares, assumiram a inquietação de Sua mãe e de Seus irmãos, que estavam do lado de fora, procurando-O. Foi a estes discípulos que Jesus deu a lição contida neste paragrafo, a saber: A verdadeira família de Jesus não é aquela instituída com base nas ligações familiares desta Terra, mas a família espiritual, baseada na obediência à Palavra de Deus (Lucas 8:21). Aliás, a passagem paralela de Lucas 8:19-21 é a mais sucinta de todas e põe este ensino em evidência.
Em Efésios 3:14-19 Paulo aplica este conceito de família à igreja e esclarece como Deus age por meio do Espírito Santo no homem interior, de modo que Cristo possa habitar no coração de cada crente pela fé e, assim, Ele esteja profundamente estabelecido em amor. Só assim a igreja pode compreender, como um todo e conhecer por experiência a magnitude do amor de Cristo, que é maior que todo entendimento. E assim, a família de Deus poderá ser preenchida com toda a plenitude do Criador. Esta é a verdadeira família espiritual de Cristo.