quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A CURA DO FILHO DO OFICIAL DO REI

                                     A CURA DO FILHO DO OFICIAL DO REI                            
                                                           JOÃO 4:45-54

V.46 – Dirigiu-se de novo a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. Ora,
            havia um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum.
V.47 – Tento ouvido dizer que Jesus viera da Judéia para a Galiléia, foi ter com
            ele e lhe rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte.
V.48 – Então Jesus lhe disse: Se porventura não virdes sinais e prodígios, de
            modo nenhum crereis.
V.49 – Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
V.50 – Vai, disse-lhe; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e
            partiu.
V.51 – Já ele descia, quando os seus servos lhe vieram ao encontro,
            anunciando-lhe que o seu filho vivia.
V.52 – Então indagou deles a que hora o seu filho se sentira melhor.
             Informaram: ontem à hora sétima a febre o deixou.
V.53 – Com isto reconheceu o pai ser aquela precisamente a hora em que                   
             Jesus lhe dissera: Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa.
V.54 – Foi este o segundo sinal que fez Jesus, depois de vir da Judéia para a
            Galiléia.
 A prova mais contundente das boas vindas que Jesus recebeu na Galiléia pode ser vista no fato de uma importante figura do governo real recorrer a Ele num momento de desespero, implorando a cura de seu filho que estava à beira da morte.
Quando Jesus diz: “Se porventura não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis”, Ele não se referia àquele homem, mas a multidão que estava curiosa por ver milagres, pois aquele pai estava preocupado com a vida do filho e vinha na esperança da cura necessária. Mesmo estando aflito, o oficial do rei depositou total confiança na Palavra de Jesus e partiu sem demora. Este é um exemplo da fé genuína, que não precisa de sinais para ser confirmada.
No dia anterior este homem subia montanha acima, em desespero, num percurso de mais de 30 km e desnível de mais de 270 m que separam Caná e Cafarnaum, pois esta última cidade está situada numa depressão, a mais ou menos 270m abaixo do nível do mar.
Agora ele descia confiante, quando encontrou mensageiros que vinham ao seu encontro e lhe informaram que seu filho vivia e que a febre o havia deixado à sétima hora (uma hora da tarde). Ele reconheceu que esta fora precisamente a hora em que Jesus lhe dissera: Vai, teu filho vive. Este milagre feito à distância, que João chama de sinal, teve como resultado que aquele homem creu com toda a sua casa, isto é, seus familiares e servidores mas, a sua fé deve ter tido o seu preço porque, provavelmente ele enfrentou a oposição dos Herodianos que constituíam a corte do rei Herodes Antipas, que reinava na Galiléia naquela época. Certamente muitos judeus incrédulos somaram-se aos seus opositores. Contudo ele teve decisiva resolução de ir ter com Jesus. A sua humildade demonstrada na presença do Senhor é prova da firmeza do seu caráter. Não podemos afirmar se ele era um judeu, um galileu ou um estrangeiro qualquer, pois a Bíblia não o diz. Mas o envolvimento deste personagem neste episódio leva-nos a ver Jesus do mesmo modo que o viram os samaritanos, como o “Salvador do Mundo”.
OBS: Não se deve confundir este milagre com aquele relatado em Mateus 8:5-13 e Lucas 7:1-10. São dois casos diferentes