sábado, 7 de março de 2015

MENSAGEM Nº 8

TEMA: A EXCLAMACÃO DE UMA MULHER

TEXTO: LUCAS 11:27-28

“Ora, aconteceu que, ao dizer estas palavras, uma mulher que estava entre a multidão exclamou e disse: Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram! Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam”.

Este acontecimento deu-se logo em seguida ao ensino de Jesus sobre a casa que ficou varrida e arrumada, depois de ter sido abandonada pelo demônio que a ocupava.
Emocionada pelo ensino do Mestre, uma mulher O reverenciou com palavras alusivas à Sua mãe, por ter gerado e amamentado um filho tão maravilhoso, como Ele. Jesus não a censurou por isso, pois numa sociedade em que a mulher era vista como um instrumento para trazer filhos ao mundo, aquela que tivesse um filho famoso era considerada feliz ou bem-aventurada. Talvez ela pensasse: Quem me dera ter um filho como este!
Jesus sabia que Sua mãe fora saudada com palavras elogiosas pelo anjo Gabriel, quando lhe anunciou o Seu nascimento. Isabel, também, cheia do Espírito Santo, aclamou-a dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”!
Tudo indica que aquela mulher reconhecia estar diante do Messias.
Mas Jesus aproveitou a oportunidade para dar um ensino muito importante, esclarecendo que existe um relacionamento de bem-aventurança acima dos laços familiares. É o relacionamento entre aqueles que, humildemente ouvem e guardam a Palavra de Deus, em contraste com os escribas e fariseus que, há pouco, O desafiaram e O rejeitavam.
É verdade que a emoção pode ofuscar a visão espiritual do ser humano e levá-lo a interpretar os acontecimentos de maneira sentimental. Daí, o fato da religiosidade humana levar pessoas a verem a mãe de Jesus como Sua coadjuvante no plano de redenção. Isto Ele não aceita. Mas, também, interpretar as palavras daquela mulher como sugestão para idolatrar a mãe do Redentor é ir além do que o texto está afirmando.
Em I Coríntios 4:6 está escrito: “Não ultrapasseis o que está escrito...”.