O Grande Presente de Natal
Certo pároco irlandês resolveu fazer um desafio aos seus fiéis numa missa de natal. Ele armou na frente do púlpito, no salão paroquial, de um lado, uma bela arvore de natal, com muitos pacotes de presente embrulhados ao seu pé. E do outro lado, um presépio com um crucifixo inspirado no impressionante quadro de Salvador Daly, do Cristo crucificado e, ao seu pé, várias miniaturas desse crucifixo.
No sermão daquela noite ele focalizou a parábola das bodas, de Mateus, capitulo 22, em que o rei mandou seus servos convidarem muitos cidadãos para a festa de casamento do seu filho. Mas os convidados desrespeitaram a autoridade do rei; desafiaram o seu poder; maltrataram e mataram os servos; ignoraram o seu convite, e não compareceram à festa. Não podia haver atitude mais irreverente do que aquela, diante de um monarca tão nobre e tão bem intencionado. Então ele mandou suas tropas exterminaram aqueles malvados e ordenou aos servos que convidassem quantos encontrassem, maus e bons, e disponibilizou recursos para vesti-los com roupas apropriadas para aquele evento tão importante.
Depois de explicar que a intensão do rei era oferecer aos convidados um grande presente, o pregador pediu que os ouvintes fossem à frente, e que escolhessem um pacote ao pé da arvore, ou ao pé do crucifixo no presépio. Em poucos minutos, o pé da arvore ficou vazio, enquanto poucos crucifixos foram levados. Em seguida, o sacerdote pediu que abrissem os pacotes da árvore de natal. Que surpresa, estavam vazios! Então ele explicou: vocês foram enganados.
Naquele banquete do rei, havia um cidadão sem vestes nupciais. O rei lhe perguntou: como entraste aqui? Ele emudeceu! Não sabia explicar! Ele fora enganado! Então, continuou o pregador: se alguém lhes disser: “convidem Jesus para entrar em seus corações e Ele resolverá todos os seus problemas, quer materiais, quer espirituais, não creiam nessa proposta enganosa, que vai na contramão da verdade”.
O convite vem de Deus, em forma de notificação urgente ao arrependimento, antes que o Cristo Ressuscitado venha julgar o mundo com justiça (Atos 17: 30-31). Quem é o homem, para fazer um convite ao Rei do Universo? Antes, ele precisa reconhecer a sua falta diante do Criador, porque Deus não passa a mão na cabeça do rebelde, e nem Cristo passa mel na boca do incrédulo. Está escrito: “o que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”, e mais, “se não crerdes quem eu sou, morrereis em vossos pecados” (cf. João 3: 36; 8: 24).
Quanto aos que pegaram a miniatura do crucifixo, ele afirma: Vocês ganharam o maior presente do mundo, o Cristo crucificado. Agora tomem a sua cruz e sigam-nO, se necessário, até à morte (Mateus16: 24-25). Mas de qualquer maneira é preciso ser crucificado com Ele (Gálatas 2: 19). Só depois, vocês poderão tomar parte das bodas do Cordeiro, e usufruir de bem-aventuranças sem fim no Seu Reino Eterno (II Pedro 1:11).
E não existe presente maior do que este, concluiu o velho pregador.
