sábado, 10 de janeiro de 2015

A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

                                           A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS
                                                        MATEUS 21:28-32

V.28 - Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, chegando- se ao
          primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na vinha.  
V.29 - Ele respondeu: Sim, senhor; mas não foi.  
V.30 - Chegando-se, então, ao segundo, falou-lhe de igual modo; respondeu-lhe
          este: Não quero; mas depois, arrependendo-se, foi.  
V.31 - Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram eles: O segundo. Disse-lhes
          Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram
          adiante de vós no reino de Deus.  
V.32 - Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas
          os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem
          depois vos arrependestes para crerdes nele.

Este parágrafo do Evangelho de Mateus faz parte de uma trilogia de parábolas, em que Jesus censura os líderes judeus (21:28-32, 33-46; 22:1-14). Aqui Ele os contrasta com as classes mais desprezadas da sociedade judaica. A elite e as classes mais desfavorecidas são consideradas na situação em que cada uma se encontrava dentro da vinha de Deus que é a nação de Israel, assim chamada desde os tempos do Velho Testamento (Isaías 5:1-7). Apesar de que esta parábola é continuação do assunto anterior, registrado nos três Evangelhos Sinóticos, somente Mateus a inclui no seu Evangelho.
Jesus desenvolve a história de maneira tal, que leva os ouvintes a darem repostas a uma pergunta, na qual eles se condenam a si mesmos. Trata-se do caso de dois irmãos que o pai chamou para trabalharem na vinha. O primeiro, cheio de entusiasmo, respondeu reverentemente: “Sim, senhor, irei”, mas não foi. O segundo respondeu: “Eu não quero ir”, mas, depois, sentindo remorso, mudou de ideia, e foi.
O primeiro representa os líderes judeus que se consideravam justos, e achavam que eram obedientes a Deus, mas não faziam a Sua vontade. Eram como aqueles que Jesus condena em 7:21, porque diziam: “Senhor, senhor”, mas não tinham um procedimento compatível com a vontade do Senhor. O segundo representa os publicanos e as meretrizes que, apesar de estarem afastados da justiça de Deus, mudaram de atitude e passaram a serví-lO. A linha divisória entre esses dois grupos era a pregação de João Batista, que apregoava o batismo de arrependimento para remissão de pecados (Lucas 3:3) e o caminho para uma vida na justiça que agrada a Deus (Lucas 3:10-14). Enquanto os líderes judeus ouviram mas não deram créditos à palavra de João, e continuaram confiando na justiça própria, os publicanos e as meretrizes ouviram, creram e passaram a obedecer.
Resumo da parábola: O importante não é aquilo que se diz com os lábios, mas a intenção que leva à obediência efetiva.