OS FALSOS PROFETAS
MATEUS 7:15-21
V.15 – Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados
em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
V.16 – Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos
espinheiros ou figos dos abrolhos?
V.17 – Assim toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz maus.
V.18 – Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir
frutos bons.
V.19 – Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
V.20 – Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
V.21 – Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
A advertência de Jesus no versículo 15 está perfeitamente relacionada com o contexto do julgamento e com a questão das duas portas e dos dois caminhos. Quando Ele afirma que: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (verso 21), Ele está referindo-se aos falsos profetas. A razão é que eles não fazem a vontade de Deus. Qual é a vontade de Deus? Jesus responde no verso 13, dizendo no imperativo que é entrar “pela porta estreita... estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida...”. Há falsos profetas conscientes de que entraram pela porta larga e que andam no caminho espaçoso. Mas pode haver outros que pensam que entraram pela porta estreita e que andam no caminho apertado. Estes não foram sensatos em refletir nas palavras do Mestre, antes de tomar a sua decisão. São como cegos, guiando outros cegos e assim cairão todos no barranco (Mateus 15:14).
Há duas linhas mais importantes de interpretação sobre quem são os falsos profetas. Uma delas afirma que são os que pregam doutrinas erradas e nada tem a ver com o tipo de vida que eles levam. A outra defende que o problema não está em erros doutrinários, mas no tipo de vida que levam os falsos profetas. Neste caso, trata-se de uma hipocrisia inconsciente, porque eles nem sabem que estão sendo hipócritas (cf versículo 22). A verdade é que tanto os erros doutrinários como a qualidade de vida de um falso profeta, denunciam a existência de um lobo revestido de pele de ovelha. Estas pessoas são sagazes e usam de sutilezas tais, que podem atrair as ovelhas para trás de si (Atos 20:29-30; Efésios 4:14).
Para nós, em nossos tempos, é importante observar o que se passa na igreja atual, especialmente após o aparecimento do ensino do Evangelho da Prosperidade, uma teologia que vem atrair e agradar aqueles que preferem a comodidade, um ensino que favoreça a satisfação dos desejos materiais imediatos, enfim, do tipo de vida que corresponde ao caminho espaçoso e conduz à destruição. Eles se esquecem de que o caminho estreito é o que conduz à vida.
Qual é o fruto dos falsos profetas da atualidade, se não a construção de portentosos impérios eclesiásticos, com seus lideres vivendo despreocupadamente, acumulando riquezas nesta Terra esquecendo-se de que Cristo “... se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso...”. Mas existem também os pequenos fazedores de milagres que se utilizam da formação de igrejas e pregam o evangelho como um meio de subsistência.
