quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

JESUS CURA A SOGRA DE PEDRO

                                          JESUS CURA A SOGRA DE PEDRO
                              MARCOS 1:29-31   (Mateus 8:14-15; Lucas 4:38-39)

V.29 – E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para           
            a casa de Simão e André.
V.30 – A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a
            respeito dela.
V.31 – Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou,                       
            passando ela a servi-los.

Marcos começa a narração deste episódio com uma palavra muito frequente em seu Evangelho. É a palavra “imediatamente”, aqui, traduzida por “diretamente” (no grego, euthus). Com isto, ele sempre quer mostrar a agilidade de Jesus e a rapidez com que Ele tomava decisões. Sem perda de tempo, foram para a casa de Simão e André. Com certeza, porque eles Lhe falaram da sogra de Pedro, rogando por ela que estava enferma. Eles esperavam que ela fosse curada assim como o homem  com espírito imundo fora liberto na sinagoga. Tiago e João estavam juntos. Aliás, Pedro, Tiago e João estiveram presentes em vários acontecimentos importantes do ministério de Jesus (cf Marcos 5:37; 9:2; 14:33).
O problema da sogra de Pedro era febre. Da narrativa de Mateus e Marcos, nós concluímos que Jesus a viu, aproximou-se dela, tomou-a pela mão e a febre a deixou. Lucas usa uma linguagem técnica de medicina, dizendo que ela estava acometida de febre alta e, Jesus, assumindo a postura de um médico atencioso, inclinou-se para ela, repreendeu a febre e esta a deixou. Os três Evangelhos afirmam que, depois de curada, ela passou servi-los.
Dois princípios podemos retirar deste acontecimento para o ministério cristão:
I – Somos salvos (curados) por Jesus, para servir; II – Devemos sempre levar os problemas para o Mestre e pedir d’Ele a solução.
A respeito da febre, sabemos que era uma enfermidade muito comum na Palestina naquela época, e que havia diferentes tipos dela. A mais grave causava morbidez geral do organismo, produzindo anemia e sofrimento prolongado que podia levar até à morte, depois de muitos anos. Um outro tipo era o que criava tremores de frio de tempo em tempo, como acontece com a moléstia do tifo, conhecido ainda hoje. Um terceiro tipo era a febre causada pelo impaludismo, malária ou maleita, caracterizada por produzir alta temperatura ou “febre ardente”. Esta era muito comum nas regiões pantanosas do Mar da Galiléia, onde o rio Jordão entra e sai do lago. Ali proliferavam os mosquitos transmissores desta doença. O mais provável é que a sogra de Pedro estivesse com este tipo de febre.
O Talmud, comentário das Leis judaicas, estabelece um método para o tratamento da “febre ardente”. Era um ritual composto de leituras bíblicas, alguns materiais como cabelo, faca e espinho, incluindo palavras de encantamento. Isto se repetia por três dias seguidos. Com isto, diziam, o enfermo ficaria curado. Jesus nunca usou de artifícios para atrair a atenção do público. A Sua Presença, a Sua Palavra, e Sua Autoridade mostravam o Seu conhecimento e poder sobrenaturais que vinham de Deus. Assim, Ele curava enfermidades e expulsava demônios em qualquer ambiente e quaisquer circunstâncias, sempre atendendo às necessidades dos seres humanos oprimidos pelo diabo. Isto indica que a era messiânica da salvação havia chegado.