A PARÁBOLA DA REDE
MATEUS 13:47-50
V.47– O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie.
V.48 – E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e,
assentados, recolhem os bons para os cestos, e os ruins deitam fora.
V.49 – Assim será na consumação do século: Sairão os anjos e separarão os
maus dentre os justos,
V.50 – e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
Esta parábola é comparável à do joio no meio do trigo. O ensino de ambas é que o juízo de Deus, embora pareça demorado, virá com certeza.
Havia dois tipos de rede usados na pescaria, naquela época. A rede de arrastão, no grego, “sagênê”, puxada no mar por dois barcos, um em cada ponta, ou puxada por um só barco no mar em uma ponta, enquanto a outra ponta era fixada na praia. O outro tipo de rede era a rede comum, que o pescador atirava ao mar, fazendo-a abrir como um guarda-chuva, enquanto segurava em sua mão uma corda fina amarrada ao centro da mesma, para retirá-la da água. Este tipo de rede era chamado “amphiblêstrom”, referida em Mateus 4:18. Nesta parábola, Jesus refere-se à rede de arrastão, que pega muito maior quantidade de peixes do que a outra.
Quanto aos peixes bons e ruins da parábola, os adjetivos referem-se a peixes que podiam ser comidos ou que eram proibidos para o consumo. Por exemplo, não era permitido aos israelitas comer peixes sem escamas ou sem barbatanas (Levítico 11:9-12). Na parábola, os peixes bons representam os justos e os peixes maus representam os homens maus.
Observe-se que no V.47 Jesus aponta para o fato que, para o reino de Deus vêm indivíduos de toda espécie e que a separação será feita no final, tal qual na parábola do joio. Os maus serão lançados na fornalha de fogo, ou seja, no inferno de fogo, isto é, o geena. Os justos serão recolhidos no celeiro de Deus (Mateus 13:30). Esta separação será feita pelos anjos, do mesmo modo que os pescadores fazem na praia com os peixes, depois do árduo e demorado processo do arrastão.