TEMA: QUEM É JOÃO BATISTA?
TEXTO: LUCAS 7:24-25
V.24 – Tendo-se retirado os mensageiros, passou Jesus a dizer ao povo a
respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo
vento?
V.25 – Que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem
bem e vivem no luxo assistem nos palácios dos reis.
A impressão que permanece depois de ouvir a resposta de Jesus aos mensageiros de João, é de que o Mestre estava repreendendo o profeta. Parece que João e seus mensageiros estavam duvidando de que Ele era o Messias. Mas Ele não o repreendeu, como se vê pelo elogio que Ele lhe confere nos próximos versos.
Pela firmeza das suas atitudes e franqueza das suas palavras, ele não podia ser comparado a um caniço agitado pelo vento. Ele era homem vigoroso, habituado à vida difícil do deserto, à abstinência da alimentação e à simplicidade no vestir (Marcos 1:4,6), bem diferente dos delicados nobres palacianos que viviam no luxo e se vestiam esmeradamente.
V.26 – Sim, que saístes a ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que
profeta.
V.27 – Este é de quem está escrito: Eis aí envio diante da tua face o meu
mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
V.28 – Eu vos digo: Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João;
mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.
Jesus insiste em dizer que o povo saiu para ver no deserto “um profeta e muito mais que profeta”.
Por que Ele fez essa afirmação? Outros profetas de Israel prenunciaram a vinda do Messias, mas estavam em tempos muito distantes d’Ele, e sabiam que nunca O veriam. João teve o privilégio de vê-Lo, de dar testemunho a Seu respeito e de preparar a nação para recebê-Lo, evitando que Deus viesse a ferir a terra com maldição (Malaquias 4:5-6; João 1:29-34; Lucas 1:15-17). Por isso ele é considerado mais do que profeta. Também, por ter atuado num momento muito especial do plano de Deus para a salvação do pecador, período que foi a transição da dispensação da Lei (Velho Testamento) para a dispensação da graça (Novo Testamento), João é apontado por Jesus como o maior dos seres humanos nascidos de mulher. Todavia ele não viveu o suficiente para contemplar e desfrutar dos grandes benefícios da era da graça (era do Espírito Santo), que Jesus implantou com a Sua obra redentora. João não sobreviveu à morte e a ressurreição do Messias, nem à Sua entronização no céu, marcada pelo Pentecoste, com o estabelecimento da igreja e com a concessão do Espírito Santo a todo aquele que crê, que sinceramente se arrepende e é batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de pecados, passando a pertencer ao Seu corpo (Atos 2:38; I Coríntios 12:12). Há uma enorme diferença entre a era que João Batista encerrou (cf Mateus 11:13) e a era que Cristo inaugurou. Por essa razão é que Jesus afirma que “o menor no reino de Deus é maior do que ele”. Portanto, a diferença não está entre o menor e o maior, mas entre as duas eras, isto é, antes e depois de Cristo ter realizado a obra redentora.
João dizia: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30).