TEMA: A PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
TEXTO: MARCOS 6:30-44; JOÃO 6:1-13
Herodes havia mandado decapitar João Batista. Agora, a imagem de Jesus perturbava o rei, ao ouvir do sucesso de seus discípulos, naquela primeira campanha missionaria que fizeram. Que fazer com este que se tornava mais importante do que João?
Jesus não se confiava a ele. Por isso retirou-se para um lugar deserto, fora do território daquele tetrarca. Os discípulos, também, estavam cansados da viagem, e precisavam de repouso.
Mas a expectativa de um lugar solitário foi frustrada. Muitos dos que estavam com eles, vendo-os navegar para a outra margem do lago, correram pela orla, a pé, e chegaram lá, antes mesmo do que eles.
Á medida que o povo passava pelas povoações ribeirinhas, o fluxo de gente aumentava, tornando-se uma grande multidão. Vendo-os, Jesus compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. Ele os recebeu com boas-vindas, curou os enfermos, socorreu os enfraquecidos e passou a ensinar-lhes muitas cousas. Até aqui Ele tratou das necessidades mais urgentes do povo. Mas, como resolver o problema de alimentação daquela multidão faminta que, ali, não encontrava o que comer? Então, para experimentar os discípulos, Jesus perguntou a Filipe: “Onde compraremos pães para lhes dar de comer”? Os discípulos diziam: “Manda-os embora para que procurem alojamento e comida”. Mas Jesus insistia: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Ora, eles tinham recebido poder até para ressuscitar mortos, naquele treinamento missionário, mas esqueceram-se disso, porque tinham os corações endurecidos.
Então Jesus tomou cinco pães e dois peixes de um rapazinho da multidão e os repartiu por cinco mil homens, mais as mulheres e adolescentes, provavelmente umas dez mil pessoas.
Foi um espetáculo maravilhoso. A multidão distribuída em grupos de cinquenta e cem, cobria a encosta da montanha, reclinados sobre a relva verde, com roupas coloridas próprias da Páscoa, iluminados ao sol do crepúsculo de um dia de primavera, e o céu colorido de matizes que só Deus pode produzir.
Como se deu o milagre, ninguém sabe, ninguém viu. Foi como a farinha na panela da viúva de Sarepta e o azeite da sua botija. Nenhum dos evangelistas ousou explicá-lo. João, entretanto, usou este episódio como preâmbulo do capítulo 6 do seu Evangelho, cujo tema é: “Jesus, o pão que desceu do céu e dá vida ao mundo”.
Dos cinco pães e dois peixinhos, sobraram doze cestos cheios: um para cada discípulo alimentar o mundo.
Amados, este é o nosso dever! O mundo faminto espera por esse pão.