PARÁBOLA DO SERVO DEDICADO
LUCAS 17:7-10
V.7 - Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado,
lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa?
V.8 - E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me,
enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás?
V.9 - Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia
ordenado?
V.10 - Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado,
dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.
Esta passagem está relacionada com a passagem anterior (Vs.5-6), para prevenir os discípulos contra o orgulho que poderia subir aos seus corações quando, no exercício dos seus ministérios, eles tivessem que produzir cousas tão grandes que os deixassem vaidosos. Para evitar esse problema, era necessária submissão incondicional a Jesus, e humildade tal, que mesmo com tamanha fé a ponto de ordenar a uma amoreira plantada na terra, que fosse implantar-se no mar, e ela obedecesse, e, depois disso, dizer sem nenhuma ostentação: “Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”.
A ilustração é tirada da vida real da Palestina na época. Um senhor tem seu escravo, a serviço em casa e no campo. Ao terminar aquele expediente, conforme o estabelecido na sociedade escravocrata, ele ainda tinha que preparar a ceia e aprontar-se para servir o seu senhor. Depois, ele poderia pensar em comer e beber, e não pensar que o senhor fosse servi-lo à mesa.
É desta vida de um mundo social duro, que Jesus tira a lição para os seus apóstolos, em serviço missionário. Não devem pensar em tirar vantagens e alcançar privilégios no seu ministério, nem em envaidecer-se por operar milagres (cf Lucas 10:20).
A expressão: “Somos servos inúteis...” não é depreciativa, mas é uma maneira simples de reconhecer que, na ordem espiritual do apostolado, ninguém tem nada de seu: tudo provém de Deus, como dom (I Coríntios 3:4-7).