sábado, 10 de janeiro de 2015

A PARÁBOLA DO SERVO VIGILANTE

                                     A PARÁBOLA DO SERVO VIGILANTE
                                                    LUCAS 12:35-40

V.35 - Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias.
V.36 - Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar
           ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo
           lha abram.
V.37 - Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os
           encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-
           lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá.
V.38 - Quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados
           serão eles, se assim os achar.
V.39 - Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o
           ladrão, [vigiaria e] não deixaria arrombar a sua casa.
V.40 - Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho
           do Homem virá.

As parábolas que se seguem neste parágrafo dão continuidade ao assunto do reino em 12:32, tratando-se, agora, da sua chegada.
Estar com os corpos cingidos significa ter o cinto amarrado à altura dos lombos, para apertar a roupa larga usada entre eles e, assim, servir à mesa com melhor desempenho. As candeias devem estar acesas para iluminar o caminho até à porta para abri-la, quando o senhor chegar e bater. Isto aponta para a necessidade de ser vigilante, isto é, de estar atento e pronto para receber o senhor quando ele voltar. Esta é a ordem para todos os servos, e a responsabilidade de cada um. Aqueles que o senhor encontrar nestas condições, vigilantes, quando ele voltar são chamados bem-aventurados, porque o senhor mesmo lhes dará lugar à mesa e, cingindo-se os servirá.
Esta parábola aponta para a segunda vinda de Cristo, a chamada “parousia” no Grego (cf I Coríntios 15:23-24) e para o “banquete Messiânico” (Lucas 13:29). A figura do Senhor servindo os Seus servos na Sua vinda mostra a recompensa daqueles que O serviram nesta terra.
A indeterminação da hora da chegada do senhor, se na segunda vigília (entre 22 horas e duas horas da madrugada, segunda a contagem dos judeus), ou se na terceira vigília (entre duas horas da madrugada e seis horas da manhã) deve aguçar ainda mais a expectativa dos servos, para que se mantenham vigilantes (cf Mateus 25:1-13). Os Vs.39 e 40 reforçam a necessidade de ser vigilantes, com a figura do ladrão, capaz de penetrar na casa do pai de família, causando danos consideráveis (arrombar), se ele não estiver atento. Isto refere-se ao fato de que o senhor pode chegar em hora que ele não sabe. Esta pequena parábola ilustra a vinda repentina do Filho do homem e a necessidade de estar pronto para a Sua chegada.