A PARÁBOLA DA CANDEIA
MARCOS 4:21-25 (Lucas 8:16-18)
V.21 – Também lhes disse: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo
do alqueire, ou da cama? Não vem antes para ser colocada no velador?
V.22 – Pois nada está oculto, se não para ser manifesto; e nada se faz
escondido se não para ser revelado.
V.23 – Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
V.24 – Então lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a mesma medida com que
tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará.
V.25 – Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem até o que tem lhe será
tirado.
Quando lemos a respeito da reação dos ouvintes da parábola do semeador (Mateus 13:13-15), a primeira impressão é de que o ensino por parábola é feito com o propósito de confundir os ouvintes. Se perguntarmos isso a Jesus, Ele dirá, como já disse no V.21 do nosso texto: “Absolutamente não!”.
Com respeito a esta parábola e, referindo-se a Jesus, diz um estudioso da Bíblia: “Com minha pregação e meus ensinos a respeito dos mistérios do reino de Deus, Eu sou como uma candeia que vim única e exclusivamente para trazer a lume este conhecimento”.
Portanto, isto não pode ficar escondido como uma candeia acesa embaixo de um alqueire (vasilha usada para medir cereais) ou debaixo de uma cama, mas deve ficar suspensa no velador, para iluminar todos os que entram (Mateus 5:15; Lucas 8:16). Este conhecimento esteve oculto no passado e, para isso, corroboraram os falsos ensinos dos escribas e fariseus, que estão incluídos naqueles que “não entendem” ou os que têm os corações endurecidos, da parábola do semeador (13:14-15).
A exortação do V.23 para dar ouvido às Suas palavras refere-se às duas advertências que se seguem, a saber, os ouvintes serão recompensados com a mesma medida de consideração que dispensarem ao Mestre. Aos que ouviram os Seus ensinos e os receberam de bom grado serão acrescentadas ainda outras revelações para que possam passar a outros os ensinos do reino. Mas aos que não deram ao Mestre a devida consideração, não serão dadas outras revelações e eles acabarão perdendo até o que haviam recebido. Este é um princípio do reino, como se observa na parábola dos talentos (cf Mateus 25:24-30).