O MAIOR NO REINO DOS CÉUS
MARCOS 9:33-37 (Mateus 18:1-5; Lucas 9:46-48)
V.33 – Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os
os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho?
V.34 – Mas eles guardaram silencio; porque pelo caminho haviam discutido
entre si qual era o maior.
V.35 – E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser
o primeiro, será o último e servo de todos.
V.36 – Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços
disse-lhes:
V.37 – Qualquer que receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim
me recebe; e qualquer que a mim me recebe, não recebe a mim, mas ao
que me enviou.
Quando Jesus e os discípulos chegaram a Cafarnaum, e já estavam em casa, provavelmente, a casa de Pedro, o Mestre interrogou-os a respeito da discussão que eles vinham travando pelo caminho. O silêncio dos discípulos denunciava o reconhecimento do despropósito do assunto e o receio de declará-lo. Admitindo a vergonha da parte deles, Jesus passou a ensiná-los, começando por colocar a questão da grandeza entre os servos e o Seu reino, nos seguintes termos: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”. Este é o significado da verdadeira grandeza no reino de Deus. O maior não é aquele que domina os outros, mas é aquele que se submete aos outros e, por isso, é levado a servir a todos. Ao dar estes ensinos, Jesus colocou-se na postura de Mestre, assentando-se e reunindo os discípulos em torno de Si.
Para ilustrar estes princípios, Jesus tomou uma criança e colocou-a no meio dos discípulos. não era uma criança especial, mas uma criança como as outras. Em seguida, tomou-a nos braços e disse: “Qualquer que receber uma criança tal como esta em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou”. A lição é esta: As crianças precisam de atenção, de cuidados, de prioridades enfim, de amor. O gesto de Jesus abraçar esta criança é o gesto que significa todas estas atitudes que se deve dispensar a elas. Entre os discípulos é necessário que haja esse tipo de acolhimento, porque Cristo quer que seja assim. Compreender isto e agir desta maneira. É receber o próprio Cristo; e quem o recebe, recebe também o Pai que o enviou.
Este ensino exclui a atitude de solidarizar-se com pessoas influentes, poderosas, de posição social e ambiciosas de bens materiais, com o fim de aproveitar-se da promoção ou dos favores que elas possam oferecer. O ensino dirige a atenção dos discípulos para pessoas simples e necessitadas de compreensão e de acolhimento que eles lhes possam oferecer. Em resumo, os discípulos de Cristo não devem procurar aqueles que venham beneficiá-los com seus favores, e, sim, pessoas que podem ser beneficiadas pelo que eles podem fazer por elas. Em Mateus 25:40 Jesus diz: “Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.
Na passagem paralela de Mateus, Jesus enfatiza a necessidade de conversão e de ser humilde como uma criança, para entrar no reino dos céus.