terça-feira, 13 de janeiro de 2015

JESUS PREDIZ NOVAMENTE A SUA MORTE E RESSURREIÇÃO

                 JESUS PREDIZ NOVAMENTE A SUA MORTE E RESSURREIÇÃO
                         MARCOS 9:30-32       (Mateus 17:22-23; Lucas 9:43b-45)

V.30 – E, tendo partido dali, passavam pela Galiléia, e não queria que alguém o
            soubesse;
V.31 – porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do homem será
            entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas três dias depois da sua
            morte, ressuscitará.
V.32 – Eles, contudo, não compreendiam isto, e temiam interrogá-lo.

Jesus tinha partido da região de Cesaréia de Filipe e, agora, andava pelo interior da Galiléia, de um modo que Ele nunca tinha feito anteriormente. Parece que Ele estava ajustando a Sua caminhada, para dar o tempo certo de chegar em Jerusalém, para a Sua partida, o êxodo, isto é, a Sua morte que havia de cumprir-se naquela cidade. Assim, a extensão do Seu deslocamento geográfico ficou condicionado ao tempo da chegada da próxima Páscoa, a data do Seu sacrifício.
Marcos declara explicitamente que Jesus não desejava que ninguém soubesse que Ele andava por ali. Este anonimato justifica-se pela necessidade de tempo e de tranquilidade, para prosseguir no ensino dos discípulos, sem a concorrência das multidões que geralmente O acompanhavam. Ele precisava falar-lhes mais claramente de Si mesmo, para que eles tivessem uma compreensão mais completa do Seu propósito. Neste contexto o Mestre falou mais abertamente e, pela segunda vez, da Sua paixão.
Para nós, que já conhecemos o final da história, estas primeiras previsões de Jesus sobre o Seu sofrimento chegam  muito atenuadas. Mas, para os discípulos, elas foram muito impactantes. Eles haviam, fazia pouco, chegado a conclusão de que Ele era o Messias, a esperança de Israel. Como, agora, aceitar a Sua morte? Aparentemente eles penetraram na atmosfera dos eventos envolvendo a crucificação, ainda faltos de entendimento das verdades relacionadas a ela. Por isso, eles precisavam de mais instruções. Isto eles compreenderam mais tarde (cf I Pedro 2:21-25; 3:18).
É bom parar e pensar na simplicidade da mente dos discípulos nesta situação inicial. Parece que eles sentiam-se frustrados. Pelo que eles tinham visto do ministério do Mestre, tudo ia bem até agora: as pessoas atendiam à Sua pregação, viam os milagres, atendiam ao Seu apelo, sendo batizadas, aguardando a chegada do reino de Deus (João 4:1-3). Mas que avanço poderia haver, mediante uma tragédia como esta anunciada agora? Eles simplesmente não entendiam (Lucas 9:45). Os três Evangelhos Sinóticos mencionam a dificuldade e o temor nos seus corações diante de uma situação como esta. Marcos informa que eles tinham medo de perguntar, talvez para não expor a sua falta de compreensão, ou por temer uma repreensão como Pedro recebeu em 8:33.
O resumo de tudo isto é que, apesar dos discípulos já haverem conhecido e aprendido bastante do Mestre, eles ainda tinham muito a aprender. Isto lembra as palavras do pai do jovem epilético: “Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé”. Este é um exemplo para todo discípulo de Cristo em todos os tempos.